ABSTRACT
OBJECTIVE: To estimate the frequency of depression/anxiety and to establish the social, epilepsy and psychiatric characteristics in individuals with epilepsy. METHOD: A cross-sectional study was employed to evaluate 153 subjects with epilepsy who were identified in a previous community-based survey. First, a structured interview was conducted, followed by a psychiatric evaluation. Subjects with depression were compared to those without, and subjects with anxiety were compared to those without. RESULTS: The prevalence of anxiety and depression was 39.4 and 24.4 percent, respectively. Both were associated with low schooling (OR 3.8, 95 percent CI 1.6 to 9.0 and OR 2.8, 95 percent CI 1.2 to 6.5 for depression and anxiety, respectively), lifetime suicidal thoughts (OR 4.4, 95 percent CI 1.9 to 10.3 and OR 3.6, 95 percent CI 1.7 to 7.7) and lifetime suicide attempts (OR 9.3, 95 percent CI 2.6 to 32.8 and OR 6.9, 95 percent CI 1.8 to 26.4). CONCLUSION: The high rates of depression and anxiety reinforced the need for recognition and treatment of mental disorders in epilepsy.
OBJETIVO: Estimar a frequência de depressão/ansiedade em pessoas com epilepsia e estabelecer as características sociais, da epilepsia e psiquiátricas associadas. MÉTODO: Foi feito um estudo transversal para avaliar 153 sujeitos com epilepsia identificados em um levantamento prévio feito na comunidade. Primeiramente foi realizada uma entrevista estruturada, seguida de uma avaliação psiquiátrica. Os sujeitos deprimidos foram comparados com aqueles sem depressão e os sujeitos com ansiedade foram comparados com aqueles sem ela. RESULTADOS: A prevalência de ansiedade e depressão foi de 39,4 por cento e 24,4 por cento, respectivamente. Ambas foram associadas a baixa escolaridade (OR 3,8; IC95 por cento 1,6-9,0 e OR 2,8, IC95 por cento 1,2- 6,5 para depressão e ansiedade, respectivamente), ideação suicida (OR 4,4; IC95 por cento 1,9-10,3 e OR 3,6; IC95 por cento 1,7-7,7) e tentativa de suicídio (OR 9,3; IC95 por cento 2,6-32,8 e OR 6,9; IC95 por cento 1,8-26,4). CONCLUSÃO: As altas taxas de depressão e ansiedade reforçam a necessidade de reconhecimento e tratamento dos transtornos mentais na epilepsia.